O que significa EMDR?
Como o nome indica é Eye Movement Desensitization and Reprocessing (Dessensibilização e Reprocessamento através dos Movimentos Oculares).
Trata-se de um modelo psicoterapêutico desenvolvido no final da década de 80 pela Dra. Francine Shapiro (psicóloga americana 1948-2019). Caraterizada como uma psicoterapia breve, focal e integrativa, constitui-se como um tratamento de vanguarda dirigido ao trauma psicológico. A American Psychiatric Association – APA (2004) e a Organização Mundial de Saúde – OMS (2013) reconhecem a sua eficácia e recomendam a terapia EMDR.
Como se processa?
Após um acidente de viação, a morte de alguém próximo ou um conflito pessoal ou profissional, é natural que nos sintamos tristes, deprimidos, ansiosos, irritados e que tenhamos pensamentos intrusivos, flashbacks ou pesadelos sobre o ocorrido. Por vezes estes sintomas são tão intensos e recorrentes que nos deixam ainda mais angustiados e impotentes, privando-nos, até de continuarmos a viver a nossa vida de forma de forma livre e segura.
Através da estimulação ocular, tátil ou auditiva bilateral, utilizada na psicoterapia EMDR reprocessamos o evento que deu origem ao trauma de forma adaptativa e dessensibilizamos as memórias traumáticas armazenadas no cérebro de modo mal adaptativo. Desta forma reduzimos e eliminamos o sofrimento do paciente.
Ou seja, ao pedir-lhe para pensar no evento que deu origem ao trauma, através das suas imagens, crenças, emoções e sensações (ICES) associados à memória traumática, ao mesmo tempo que ocorre a estimulação bilateral, o episódio traumático vai perdendo a carga emocional negativa de outrora.
Atualmente a psicoterapia EMDR tem um amplo espetro de aplicação, nomeadamente:
- Stress pós-traumático
- Fobias
- Ataques de Pânico
- Depressão
- Transtorno bipolar
- Dificuldades de relacionamento
- Baixa auto-estima
- Ansiedade
- Vítimas de catástrofes naturais
- Luto complicado
- Vítimas de acidentes (viação, laborais, etc.)
- Vítimas de violência: verbal, física, sexual